José, taxista de profissão, chega a casa às 0 horas e 38 minutos de 1 de Janeiro de 2013, beija Maria, dá-lhe os desejos de bom ano novo e conta o último serviço do turno, primeiro do ano.
Sabes lá, deviam passar dois ou três minutos da meia noite, passo ali pela Praça de Espanha e vejo 3 gaiatas, bonitas pá, a correr de braços no ar. Uma alta como tudo, uma baixinha com caracóis e uma loira com calças de cabedal. Entram-me no carro, a rir como loucas e a tresandar a vinho tinto. Contaram-me que jantaram em casa da pequenina, com mais 3 amigos e que planearam passar a meia noite num bar para os lados de Santa Apolónia, que já saíram tarde de casa e que os outros 3 tinham conseguido apanhar um taxi e que elas não. Disseram que, por ser ali perto, ainda tentaram entrar na festa do Teatro da Comuna, mas que lhes pediam 20 euros às 23:57 e que elas acharam demais, então passaram o ano no estacionamento do Teatro a ver o fogo de artifício do Hotel Açores. Pediram-me para levá-las para o Cais do Sodré porque, pelo que percebi, os outros três encontraram uma fila enorme para entrar no tal sítio para onde iam, mudaram de planos e passaram a meia noite dentro de um taxi a caminho de lá. A pequenita só se ria, dizia que a vida dela é um filme russo sem legendas e começou a contar que o ex-namorado dela estava numa festa de ano novo que estava a acontecer na garagem do pai dela. O telemóvel dela começa a tocar e ela desata aos gritos, porque era o ex-namorado e ela não podia atender enquanto não estivesse rodeada de gente a fazer barulho. E ria-se. Deve ser doida.
Tavares, taxista de profissão, chega a casa às 7 horas e 13 minutos de 1 de Janeiro de 2013, beija Alzira, dá-lhe os desejos de bom ano novo e conta o último serviço do turno.
Sabes lá, no meio de tanto bêbado do Cais do Sodré, apanho 3 gaiatas, bonitas pá, a correr de braços no ar. Uma alta como tudo, uma baixinha com caracóis e uma morena com trança. Entram-me no carro, a rir como loucas e a tresandar a vinho tinto, aguardente de medronho e cerveja. Contaram-me que eram um grupo de 6, que se separaram sem querer, que passaram o ano uns no meio da rua e os outros dentro de um taxi. A pequenita só se ria, dizia que a vida dela é um filme árabe sem legendas e que se sentia mal-disposta e ia abrir a janela do carro e desabafou que quando bebe só faz asneiras. Contou que discutiu com um rapaz à saída do bar onde estiveram porque ele foi mal educado quando lhe disse que ela estava a passar à sua frente na fila para o bengaleiro, que caiu das escadas para cima de duas raparigas e que discutiu com elas porque elas perguntaram se ela estava bem, que o ex-namorado lhe ligou perto da meia noite e que ela não atendeu logo porque não queria atender enquanto não estivesse rodeada de gente a fazer barulho, mas que assim que chegou a um sitio barulhento lhe ligou e contou que passou o ano num parque de estacionamento e contou-me ainda, palavras dela, que arreou a primeira poia do ano num bar do Cais do Sodré. E ria-se. Deve ser doida.
Acabaste de escrever ao mesmo tempo e no mesmo estilo q o Robene!!!! Vocês são almas gémeas. LOL
ResponderEliminarAinda bem que isto regista as horas das publicações porque eu não quero ser acusada de plagiar ninguém. Até porque a poia desta rapariga foi de consistência dentro dos limites da normalidade (Pá, amo aquele homem de paixão, até quando se caga!)
Eliminarlol lol Eu para ser diferente desta vez enfrasquei-me mas em vez de mandar sms de feliz ano novo aos amigos decidi mandar sms aos amigos falsos a dispensá-los neste novo ano... E ri-me! Devo ser igualmente doida!
ResponderEliminarLOL Muito bom! Nunca me lembrei de fazer uma dessas! (mas desejei-lhes diarreia para o ano todo numa rede social conceituada)
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