quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Rapidinha matinal

Perguntava um teste (altamente fiável e elaborado por psicólogos especializados na área) de uma revista cor de rosa: "Que tipo de mulher mais facilmente aceita fazer sexo anal? a) as loiras, b) as obesas, c) as licenciadas." Resposta certa: c). Oh... e eu a pensar que elas me olhavam de lado e eles me piscavam o olho na rua por causa do meu fabuloso decote...

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Curta-metragem indie sobre a abstinência sexual

Terminadas duas horas de treino, uma jovem esbelta sobe as escadas interiores do ginásio em direcção aos balneários. 
Está ofegante e transpirada. 
Com a toalha, limpa as gotas de suor que escorrem do pescoço para a linha do decote enquanto se despede de dois jovens que estão em conversa à porta do balneário dos homens. 
Um deles, musculado e em tronco nu, descreve ao colega os benefícios do consumo de banana.
Bananas.
Muitas bananas.
A jovem continua a caminhar, enquanto no seu pensamento passam rapidamente cenas das última sessões solitárias de cinema porno, até chegar à memória da última sessão de sexo ao vivo da sua vida. 
Duas moscas da fruta a voar em cima uma da outra cozinha fora, parando de ora em vez para descansar em cima de uma maçã podre esquecida na fruteira.
Maçã podre.
Sexo.
Moscas.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

As lamentáveis incapacidades do ser humano

O que faz as pessoas apaixonarem-se umas pelas outras? Ora cá está uma questão pertinente, discutida por peritos e estudiosos de ocasião após a ingestão de três imperiais. Todos fazem o trabalho de casa no dia a dia: observam, analisam, criticam, armazenam informação, tecem teorias. Teorias essas que nunca são postas em prática na vida real, são sim guardadas, qual obra prima dos compêndios da psicologia analítica, para serem expostas gloriosamente numa qualquer conversa de café. O poético disto tudo, é que sempre que uma destas conversas acontece, pelo menos um dos participantes vai para casa pensativo e senta-se de olhar fixo no vazio a reformular a sua própria teoria. Ora hoje, fui eu. Café com amigo, conversa boa, elogios ao meu decote, sorrisos marotos, e plim: conversa sobre relações. Amigo critica atitude da sua última 'amiga', que lhe ligava de mês a mês apenas e só para efectivar uma questão, deixando-o sem notícias durante semanas até ao telefonema do mês seguinte. Disse-lhe eu, que ela obviamente não estava apaixonada. Ele lamentou que não era justo ela usá-lo assim, quando ele lhe dava carinho durante uma noite sem nunca ver qualquer tipo de retorno. Eu limitei-me a dizer que ela nunca lhe ligou a pedir carinho, ela sempre pedia sexo. Apenas e só sexo. Ele ficou triste. Eu chamei-o de maricas. Ele chamou-me ordinária. Curiosamente, depois disto, quem foi para casa pensar fui eu, e parte das relações mal sucedidas dos últimos 5 anos passaram a fazer sentido. Nunca tinha vindo para casa pensar nos meus erros depois de uma conversa destas. Dia épico na minha vida. Lembrei-me então da última vez que dissertei sobre o tema. Festival de verão há umas semanas, amigo de uma amiga junta-se ao grupo e a meio das cervejas o assunto da conversa estagnou nesta temática. Ele, a certa altura, falou sobre os desejos das mulheres numa relação. Vocês querem um amigo, um companheiro, um homem honesto e fiel, dizia ele. Nós gostamos disso tudo, mas se não há química sexual não estamos apaixonadas, apenas temos um amigo, dizia eu. Claro, vocês querem isto tudo e ainda um homem que seja 'big', dizia ele. Oh, isso sim, nós gostamos é de pilas grandes, dizia eu. Oh, eu não estava a falar de pilas, estava a falar de um homem musculado e grande, porque vocês querem um protector, dizia ele. Oh não, queremos uma pila grande... eu não quero que me protejam, eu quero que me fodam, dizia eu. Está bem, mas isso é secundário, vocês procuram mais o amor que o sexo, dizia ele. Oh cala-te, podes ser isso tudo, mas se a tua pila for pequena, só me serves para conversar, disse eu. Ele riu-se e abanou a cabeça assumindo a derrota. Eu ri-me descontroladamente e dei a conversa por terminada porque tinha fome. Nunca mais pensei nisso, até a minha amiga voltar a tocar na conversa que tinha presenciado nessa tarde, em tom de ralhete versão 'minha menina, agora que estamos sozinhas vamos ter uma conversinha'. Mas que mal tem o que disse ao teu amigo?, perguntava eu espantada. Não sabes quem é?, perguntava ela irada. Sei lá quem é!, dizia eu alarmada. É aquele meu amigo com quem pinei há uns anos e que nunca mais me tocou por ter a pila mais pequena que já vi à minha frente!, disse ela arrasada. Onde estavas Tu com a cabeça, oh Criador, quando privaste os humanos da capacidade da telepatia? Dava a minha fortuna para poder ter ouvido os pensamentos do jovem no seu caminho para casa.