Os homens são cães. Por isso é que gosto deles novinhos. Os velhos babam-se e ficam senis. As outras mulheres costumam achar estranha esta minha faceta. Dizem até que a minha teoria sobre o envelhecimento masculino é injusta e descabida. Lançam logo uma série de argumentos sobre o chame do homem mais velho. Blá blá e os cabelos grisalhos, blá blá e a maturidade, blá blá e a conversa intelectual e envolvente. Pois que a minha teoria assenta neste mesmos pressupostos, mas analisados à luz de outra doutrina. Minhas caras, digo-lhes sempre, blá blá são velhos blá blá têm é falta de tesão blá blá cão que muito ladra pouco fode. Eu cá gosto é do vigor da juventude! Horas e horas de brincadeira na relva, salta para cima, rebola para o lado, cai e levanta logo outra vez. Isto sim, dá-me alegria. Falar sobre a conjectura sócio-económica internacional ao sábado à noite, já não. Isso só me dá sono e vontade de morrer. Sei disto porque já estabeleci contacto esporádico com três ou quatro canídeos da geração anterior à minha. Apenas e só porque gosto de ser uma pessoa justa e com o intuito único de poder falar mal com conhecimento de causa. A vida não pára, é certo, e eu já não vou para nova, como diz o meu pai quando se lembra que tem uma filha solteirona. Mas, apesar de ser uma pessoa de convicções fortes, também sou uma pessoal com uma maleabilidade variável. Como tal, os anos vão passando, mas a minha faixa etária de eleição para as salutares brincadeiras na relva mantém-se no intervalo de 5 anos posteriores ao meu nascimento. Fácil será então o cálculo: senhores com 60 anos, ainda me faltam cerca de 30 para começar a achar-vos graça. Mas estão são cães velhos. Senis. E babões. Ontem estive com um desses, em contexto profissional, claro. Acho que a bata branca a deixar adivinhar uns seios carnudos o deixou encadeado. Disse, assim que entrou, a olhar para mim: "Olha ela! Está boa, nem vou perguntar.". Fiquei com medo, mas tentei ser simpática na mesma: "Olá... Acho que me lembro de si...". Diz-me ele: "Também eu me lembro das suas mãos a passarem-me pelo pêlo.", enquanto esfregava o seu próprio peito despido e olhava para o meu tapado até ao pescoço. Agora que estava a pensar nisso, arrepiei-me três vezes e depois acrescentei um novo tópico à minha teoria. Os homens velhos são como os cães que correm atrás dos carros. Deixo-vos aqui, em tom de homenagem, a todos vocês, velhos babosos que se cruzam no meu caminho, uma mensagem ternurenta com uma festinha carinhosa entre as orelhas: "Oh bebé... escusas de correr que só te vais cansar. Não vais conseguir apanhar isto, 'tá?"
Não estarás a pensar em cachorros quentes?
ResponderEliminarSalsicha... hum...
EliminarO que é que aconteceu? Parece que estiveste num lar da 3ª idade... Ainda bem que gostas de nós novos porque senão seria... julgando... estranho LOL :)
ResponderEliminarAconteceu que há pessoas com profissões de risco, como eu.
Eliminarhahaha muito bom! :)
ResponderEliminarEu cá também as gosto de apanhar novinhas, ainda sem saberem o que é a vida... mas muito novinhas também não... vá, tipo a partir dos 14 anos.. :p
TOU A BRINCAR!!!!!!! TOU A BRINCAR!!!! FBI VAI EMBORA!!
no geral também só tenho estado com raparigas mais novas, e pelo andar da carruagem, se quiser ter filhos, só mesmo continuando a envelhecer e a dar-me com elas entre os 20 e os 30.. :D
PS: O velho até podia ser baboso, mas não tinha medo de tentar a sorte dele!
No ebay já se pode comprar de tudo. Sem stress!
EliminarNão uses a palavra cão em vão, pá! Podias ter feito a analogia com leitões e porcos :D
ResponderEliminarImpossível. Não gosto de gordos.
EliminarDaqui por 30 anos, vou sentir-me indignado com este post.
ResponderEliminarSe daqui a 30 anos não fizeres figuras tristes à frente de gaiatas de 34, não tens com que te preocupar.
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